O "Sim" está nervoso.
Viu-se no debate "Prós e Contras" e nas declarações de José Sócrates.
Podem-lhe chamar estratégia, recuo ou moderação de posição. Mas a proposta de descriminalizar as mulheres, no caso de vitória do "Não", agitou a campanha.
Creio que não será o bastante para derrotar o "Sim", mas chega para mostrar onde está o lado mais radical.
terça-feira, 6 de fevereiro de 2007
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2 comentários:
mas não é sério, sair-se a meio da campanha com o argumento da despenalização das mulheres ou da mudança penal:..
Claro que teria sido mais consistente se o argumento tivesse "saído" no início da campanha, mesmo que se defenda agora que foi resultado de uma evolução no sentido da moderação. Mas há um elemento de sensatez que não pode ser desmentido: não é a condenação das mulheres que resolve a questão de forma justa e só uma rigidez ténica no campo jurídico pode permitir argumentar que não constitui solução por não haver crime sem pena.
Pode também ser infeliz a ideia de trocar a prisão por trabalho comunitário, mas não acredito que não possa haver um formato jurídico sofisticado que impeça as mulheres de serem julgadas sem ilibar de forma alguma as parteiras, os médicos e pseudo-médicos que praticam o acto e são os verdadeiros agentes que provocam a morte do ser em gestação, e ganhando dinheiro ilícito com isso.
Sobretudo não acredito que não haja um formato possível que evite o aborto livre, até ás 10 semanas ou outro prazo qualquer, por simples opção da mulher, sejam as razões as que forem, sem que simultaneamente se obriguem as mulheres a sustentar e educar um filho que não desejem.
Porque não dar essa total liberdade de escolha a cada mulher, mas obrigando apenas a que gerem o bebé até ao nascimento, e aí, entregá-lo ao Estado se não mudassem de opinião?
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