sábado, 17 de março de 2007

Grande défice!


Termos o défice orçamental em 3,9% é naturalmente um facto elogiável para o Governo, e em particular para o Ministro das Finanças. Não dá para deitar foguetes, pois a meta não está atingida e o caminho a percorrer não é propriamente um mar calmo, mas será factor de absoluto regozijo para todos quantos quererão bem ao País.
Já o facto de ele se enaltecer a “façanha” de ele se situar 0,7% abaixo das previsões do Governo tem mais que se lhe diga. Em primeiro lugar, porque não devemos menosprezar precisamente a eficiência da máquina de propaganda que envolve o executivo, que naturalmente esteve atenta aos valores que o Ministério das Finanças deveria prever, em 2005, quando apontou para um objectivo de défice de 4,6% em 2006. Por outro lado, dever-se-à atribuir mérito q.b. ao Sr. Director-Geral das Contribuições e Impostos que logrou remeter aos cofres do Estado, nos últimos 2 anos, um fluxo de receitas fiscais nunca antes visto em Portugal, fazendo até com que alguns defendessem que ele até seria provavelmente o funcionário publico mais mal pago do País, face à produtividade que o seu trabalho desempenhou para o bem-estar nacional.

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